.

.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Teatro e Dança - Principais trabalhos

  
Por um fio em Lã
Espetáculo solo de dança que envolve a abordagem do SER, de sua existência a partir da concepção. Vestígios de uma existência interrompida dialogando com sentimentos e crenças.

A transfiguração do aborto, colocando em movimento a perspectiva do ser em violência. O carinho que não foi dado no ninar, as brincadeiras que não foram vivenciadas e a razão com o desprendimento dos sentimentos na volta ao ciclo. Um novo ser a se formar. Por um fio em Lã desloca o ser da sua violência vivida para uma realidade desejada. Esses são os elementos que envolvem a encenação.

Por um fio em lã tem concepção, coreografia e interpretação de Juan Guimarães.


Premiado dois anos consecutivos(2006/2007) com troféu APACEPE de Teatro e Dança no Janeiro de Grandes Espetáculos, como o melhor bailarino de Pernambuco.

Para o Interprete, o espetáculo busca dignificar e respeitar a vida, a criação e a forma de existência.


Ficha Técnica

Concepção, Coreografia e Interpretação: Juan Guimarães

Trilha Sonora Original: Henrique Macedo

Vozes na Trilha: Juan Guimarães e Henrique macedo

Figurino: Paulina Albuquerque

Cenário: Juan Guimarães

Plano de Luz: Martiniano Almeida

Execução de Luz: Nadjeckson Lacerda

Contra regra: Ádila Gadelha

Sonoplasta: Eduardo Carvalho

Fotografias: Marcelo Lyra

Imagens Video: Daniel Guedes

Designer Gráfico: Juan Guimarães

Produção executiva: Juan Guimarães

Direção: Jorge Féo


- Tem uma coisa que não compreendo...
- O quê?... Diga!
- [...] se eu tento dizê-lo, estrago tudo.
Um dia em que estiver disposto, eu o dançarei para você.

Alexis Zorba, personagem arquetípica de Nikos Kazantzakis, diz ao amigo inglês preferir dançar o que não consegue traduzir em palavras, pois sabe que a dança pode eventualmente suprir a carência do verbo.

A luta com as palavras por vezes se exaure no retórico, no clichê e, porque exangue, não sensibilizando o receptor, torna-se “a luta mais vã” de que fala Drummond. O quanto, assim, de palha e eco já foi falado/escrito e se perdeu no ralo da apatia cúmplice dos que não mais acreditam nas infinitas possibilidades que os homens podem estabelecer interagindo com os nomes dados às coisas.

A uns, entretanto, - e felizmente - é dado acesso a outras formas de comunicação. À dança, por exemplo. Juan dança. E dança o que lhe exige o espírito de artista, de fio que se sabe parte de um tecido maior.

Sem discursos a favor ou contra, ele nos diz das infinitas possibilidades que tantas vezes se perdem, quando se desfazem elos, quando se corta o fluxo do que poderia ter sido e não foi.

Juan nos dança a vida, ou melhor, o que seria a vida se ela tivesse seguido o seu curso natural e o espetáculo que ela de si se faz, do fio que “ela teimosamente se fabrica” se lhe permitem com outros fios tecer sua sina de ser com, compor, colorir.

Tempos estes em que tudo se parte e nada se reparte, Juan sabe, como o mestre carpina do auto natalino de João Cabral, que “é difícil defender só com palavras a vida”. E por isso dança. Como fez o grego. Ainda bem.

Tomaz Maciel.


Fotos de Por um fio em lã :










Outros Trabalhos:

Improvável - Coreografia de Juan Guimarães












Entre Nós













Pela passagem de uma grande dor


Conceição














ORADELES



























Quincunce






Cercados




B.A.Q.U.E






Aoristos






















.

.